O voto feminino no Brasil foi assegurado, após intensa campanha nacional pelo direito das mulheres ao voto. Fruto de uma longa luta, iniciada antes mesmo da Proclamação da República.
Uma cidadania para poucos
Embora 1932 tenha sido um ano importante para a participação feminina na vida pública, a luta começou bem antes. De fato, não era apenas por um voto que as mulheres, ao longo dos anos, lutavam. O grande pano de fundo da insatisfação feminina, na verdade, era a própria cidadania. A exclusão da mulher do exercício dos direitos políticos enquadrava o grupo feminino como cidadãs de 2ª classe, que tinham sua representatividade cerceada pelos interesses masculinos.
A constituição de 1891 deixava claro este ponto ao afirmar no art. 70 que "são eleitores os cidadãos maiores de 21 anos que se alistarem na forma da lei". Com o tempo, as mulheres se organizaram parar criar os partidos por elas próprias. Neste cenário, surge Leolinda Daltro, que em 1910 fundou o Partido Republicano Feminino.
O vídeo documentário é uma parceria da TV Universitária com o Núcleo Câmara Cascudo de Estudos Norte-rio-grandense, realizado através do Programa BNB da Cultura 2008. O vídeo é resultado dos estudos da tese de doutorado da professora do Departamento de Ciências Sociais Ana Laudelina , atualmente (2023) aposentada. É uma síntese da vida de Auta de Souza, poetisa macaibense que escreveu "Horto", livro de poesias que até hoje rende novo estudos e olhares